5 de fev. de 2008

Textos...

De igarapé a avenida

Eu não tinha este rosto de hoje, nos primeiros tempos eu era apenas um igarapé, onde os Cabanos escondiam suas armas e sua munição, era também uma espécie de refúgio para o descanso da “peleja” e o renovar da força dos bravos cabanos, heróis da região.
Depois, com o tempo, chegaram em minhas margens as famílias dos pioneiros em busca de um lugar para se estabelecerem e gerar riquezas. Barcos carregados de víveres e muitas outras mercadorias deslizavam por entre as águas do meu humilde igarapé que era ligado a majestosa baía de Guajará.
Nesta fase de minha existência, aos olhos dos homens fiquei conhecido popularmente por um nome que refletia o meu passado na grande luta dos Cabanos, chamado “Igarapé das Armas”. Junto aos víveres e as várias mercadorias que chegavam nos barcos, o progresso também chegou inevitavelmente, e com ele as mudanças ocorriam com a voracidade que lhe é peculiar.
A ligação que eu tinha com a grande baía, deixou de existir e no lugar dos barcos ficaram as carroças e posteriormente os bondes cujos trilhos de ferro descansavam em meu solo, coberto pela simetria dos paralelepípedos.
A exploração do látex, sangue das seringueiras, alavancou ainda mais o desenvolvimento de toda a região, A imensa riqueza gerada as custas dos coletores de látex, trouxe da Europa, costumes e gostos culturais que faziam contraste com a floresta exuberante que predominava na região, com o forte calor que fazia nas manhãs e com as chuvas quase que diárias pela parte da tarde, tão comuns que os enamorados marcavam seus encontros antes ou depois da chuva.
Ah! Tempos bons, mesmo com as chuvas. Mas a espreita estava lá o dito progresso, cruel e imponente, e logo os trilhos de ferro e os paralelepípedos foram cobertos pelo negro asfalto.
Foram edificados prédios, casas, vias de acesso, ruas paralelas e outras que por mim cruzavam, com a intenção de multiplicar o tal progresso, somar os impostos, subtrair as distâncias e dividir os bairros.
As carroças e os bondes da “Bela Época” foram gradativamente substituídos pelos veículos automotivos, que em seus pneus, traziam parte do sangue das seculares seringueiras.
Em vista de tamanho crescimento, tornou-se necessário um nome mais garboso para mim e fui então batizado, desta vez, aos cuidados do poder público, passei a me chamar de: “Avenida Visconde de Souza Franco”.
Pouquíssimas construções resistiam ao avanço da arquitetura moderna, com seus espigões de concreto, o comércio antes em sua maioria atacadista, hoje em dia se faz a varejo. Varejo de roupas, medicamentos, hiper mercados e saúde, até as delícias de seus restaurantes, pizzarias e carrinhos de cachorro quente.
No caminho de meus paralelepípedos, coberto por inúmeras camadas de asfalto, fez-se guerra, fez-se festa. Como os desfiles das escolas de samba, ou ainda, atrás de um trio elétrico comemorando os tetras e os pentas da vida, fez-se ainda vandalismo, homicídios, “rachas de carro” e muito mais.
Hoje estou bela, fina e vibrante, prestes a virar cartão postal, sou ponto da vida noturna da cidade onde todos se encontram, mesmo quem vai a outro lugar diz: -Vamos dar uma voltinha na “Doca”, só pra ver o movimento!
Doca. Isso mesmo, a antiga função de minha existência, tornou-se uma espécie de apelido, dito e difundido pelos jovens, e pelos vários “outdoors que” compõem a minha imagem atual, e neles vejo a propaganda do tal progresso, inevitável e voraz, cruel e imponente, mas muito persuasivo.

Foi tudo um sonho?

Dia ensolarado, quente, digo um inferno mesmo, desses dias em que se pode fritar um ovo no asfalto. Andava eu no centro comercial de Belém a fim de comprar umas camisas novas.

E lá estava eu naquele sol castigante que em minha região geralmente precede uma chuva, diante de incomensurável calor resolvi refrescar a garganta, entrei em uma birosca e pedi ao balconista, o qual parecia mal humorado, uma cerveja estupidamente gelada. Aquele néctar dos Deuses desceu goela abaixo, refrescando a garganta e talvez a alma.
Eis que de súbito entra na birosca um individuo sujo, vestido com roupas velhas, com um odor de jaula do museu, caminha com certa dificuldade até o balcão e pergunta ao balconista mal humorado, se ele podia arrumar alguma roupa que não quisesse mais para lhe dar, rispidamente o balconista responde:
- Todo dia a mesma conversa..., Vai trabalhar vagabundo!!
Então o homem com roupas velhas levanta a camisa já surrada pelo tempo de uso continuo e mostra uma ferida enorme e feia, talvez dessa ferida exalasse aquele fedor de jaula.

Foi ai que percebi que o balconista era também o dono da birosca, pois ele pulou o balcão e expulsou o homem com roupas velhas do lugar dizendo:

- Cai fora do meu bar, seu vagabundo!!!

Terminei minha cerveja, paguei e segui meu caminho. Entrei em uma grande loja de roupas e fui no setor de camisas para verificar preços e modelos.

Escolhidas as camisas que ia comprar, chamei um vendedor para que avia-se a mercadoria. Foi quando tomei um baita susto, ao ver que o vendedor era a cara do homem de roupas velhas que tinha visto a pouco na birosca, será que apenas uma cerveja estaria me fazendo ver coisas? Ou o sol castigante na moleira causou tal efeito?

Ainda assustado sem saber o que estava acontecendo paguei as camisas e tratei de dar no pé daquele lugar, chegando em casa tomei um banho frio e deitei em minha cama para descansar, fiquei pensando no que tinha ocorrido até que adormeci.

Blimm, blomm... blimm blomm, acordei com o som da campainha de casa a tocar insistentemente, levantei e fui atender a porta. Quase tenho um ataque do coração ao ver o homem com roupas velhas no meu portão, pedindo uma roupa que eu não quisesse mais.

Tremendo de pavor corri até meu quarto pequei umas camisas no armário e levei para o homem de roupas velhas, o qual me agradeceu dizendo:

- Deus lhe pague três vezes mais seu moço!!

Corri para o quarto para ver as três camisas que tinha comprado, mas para minha surpresa não consegui encontrar a sacola da loja em que estavam as camisas. Sentei na beirada da cama e pensei:

- Será que tudo não passou de um sonho?

Adormeci novamente e blimm, blomm... blimm blomm, a campainha mais uma vez, fui atender com as pernas tremendo, mas logo me acalmei vendo que era minha esposa que chegara carregada de sacolas, dizendo:

- amor, fiz umas comprinhas e lembrei de você.

Pegou entre as varias sacolas, uma da mesma loja em que, supostamente eu tinha ido pela manhã, tirou três camisas de dentro da sacola e me deu com um enorme sorriso.

Namorado e namorado

Sábado, 12 de Junho, quatro horas da matina. Pedro, um pequeno e pacato pescador, prepara-se pacientemente para pesca. Preocupado com um comentário de dona Mariazinha em uma conversa com sua vizinha:

- Ritinha está fazendo um curso de culinária na capital e sábado vai preparar para o almoço um tal de peixe a escabeche, estou orgulhosa.

- Já pode até casar.

- Só falta um namorado bem bonito.

Dona Mariazinha mãe de Ritinha, boneca bonita, brincalhona e brejeira, um bombonzinho de coco.

Pedro pensou ser uma boa oportunidade para declarar seu amor por Ritinha, e tomou como missão naquele sábado, pescar um namorado grande e bonito e ofertá-lo a sua amada.

Equipamento embalado tomou a embarcação e embrenhou-se na enseada sem qualquer embromação. Mar aberto, rede estendida, horas a esperar, e o tal do namorado nada de fisgar.

Lança a rede, puxa a rede e o namorado? Quede? Leva o barco mais pra fora, traz o barco mais pra dentro e nada de namorado. Pescada, corvina, mero, arraia, cação e sardinha, mais o bendito namorado não vinha.

Foi-se a lua veio o sol, mas o namorado não fisgava, nem de rede nem de anzol, já cansado e sem esperança de pegar o peixe em questão, Pedro pensou na solução:

- Vou comprar o namorado na peixaria do João.

Voltou para terra firme, e seguiu para o mercado, mas ao chegar na peixaria qual surpresa do coitado, o namorado tinha terminado. Triste e desolado, Pedro imaginava como seria se tivesse pescado o namorado:
- Bom dia Ritinha, troxe-lhe um afago, um grande e bonito namorado.
- Ora Pedro muito obrigado, fique para almoçar, hoje sou eu quem irá cozinhar.

Absorto em seus pensamentos, Pedro nem percebeu quando passou em frente á casa de Ritinha, foi quando dona Mariazinha o chamou:

- Pedro venha cá, Ritinha vai fazer o almoço hoje, e mandou lhe convidar.

Na hora do almoço Pedro teve uma surpresa, pois o peixe que comeu não era namorado, com certeza.

Depois da saborosa refeição Ritinha foi levar Pedro ao portão. Pedro contou tudo o que havia acontecido desde a pesca ao mercado e que tinha lamentado não lhe trazer o namorado.

Foi então que aconteceu o inesperado, Ritinha deu um beijo em Pedro que ficou encabulado, dona Mariazinha e sua vizinha da soleira observavam a cena e teciam seus comentários:

- Minha filha é uma moça de sorte, arranjou um namorado garboso e de porte.

Bendito curso de cozinha, vou já matricular minha filha Rosinha.


Verde que te quero Ver-o-Peso

Verde cru, verde viço, verde maniva, verde do coentro e da salsa, alfavaca e chicória. Tudo é verde ou um dia foi, tenro verde, verde que chega nos popopôs que deslizam nas águas da verde baía de Guajará até o mercado do verde Ver-o-Peso.

Mercado do verde que se come, do verde que se bebe, do verde que cheira gostoso como os banhos de patchouli, ou ainda do verde da marapuama, da catuaba e até mesmo o verde do pau roxo, verdes que curam os males do corpo e mitigam os infortúnios da alma.
Verde é a tua alma, que é alma verde de todo esse verde amazônico que nos cerca e que nos é roubado no verde da muamba, da fraude, do tráfico. É, esse verde não vale, mas o verde dos turistas, esse sim vale, ah!... Como vale, chega a valer três vezes mais do que as nossas tímidas verdinhas.
O feirante vende o verde e também o maduro, se tem sinal verde está tudo bem, mas se seu sinal é vermelho, atenção diz o sinal amarelo, os periquitos verdes estão no pedaço, de olho nas poucas verdinhas que lhes sobram, pois sem sinal verde, a coisa pode ficar preta.
Próximo do meio dia tem a viração, hora em que nossas verdinhas tomam novo viço, e o verde do feirante fica mais em conta, e todos têm a oportunidade de levar mais verde do Ver-o-Peso.
Para os menos afortunados, ao findar o dia, ainda há as sobras de todo o verde que não foi vendido, e que na realidade verde já não é, pois está mais do que maduro, passando mesmo.
Mas para essas pobres almas será o mais perto do verde que podem sonhar em ter, e por mais passado que estejam, felizes ficam os que um dia foram verdes, e que no amanhã só lhes restam o verde dos cemitérios, em seguida os verdes vales de Deus.

Metabolismo

Há alguma coisa no ar.
Vontade de viver.
Vento que sopra do mar.
O metabolismo da vida.
E viver sem agonia.
Corpo, mente e alma.
Tudo em plena harmonia.
O metabolismo do amor.
Homens e mulheres unidos.
Sem malícia ou rancor.
Não havendo preferido.
De raça, credo ou cor.

Fuga

Minhas entranhas ardem com tanta injustiça.
Todos me usam com autoridade intransponível.
Alguns que até por inocência fazem uso da malicia
E não se dão conta de um sofrimento indescritível.
Todos querem fazer-me acreditar.
Que já sou grandinho pra decidir.
E que tenho liberdade pra pensar.
Mas com tanta pressão, o melhor será fugir?

Medo

Todos nós temos medos,
Mesmo que inconsciente.
Mas não adianta lutar,
Se o medo e tão sedutor que mantém os seres cativos.
Só que o medo também arranca verdades do fundo das almas.
O meu medo e de ti perder.
E a verdade que de minha alma ele arranca.
É que te amo demais pra ter medo.

Folder Telhaço

Estádio Olímpico do Pará Edir Proença, um dos mais modernos estádios da América latina. Preparado para competições de nível internacional, onde também se encontram duas das maiores torcidas de futebol do Brasil. Remo e Paysandu.

O Mangueirão como é popularmente conhecido teve sua cobertura feita sob medida pela TELHAÇO, com telhas de aço galvanizado, revestida de zinco puro com cristais minimizados em ambos os lados, produzidas com a tecnologia da Usiminas e Nippon Steel Corporation, a Unigal Gl, e a qualidade campeã de quem entende do assunto. TELHAÇO.

Fabricadas com a mais avançada tecnologia siderúrgica, as telhas de aço zincado chegaram ao Brasil e ao mercado paraense, através da TELHAÇO, nos formatos ondulado e trapezoidal com qualidade superior em acabamento e resistência que atendem as normas da ABNT e aos mais elevados níveis de exigência da construção civil nacional e internacional.

Seja qual for o tamanho do seu empreendimento a TELHAÇO tem a solução na medida certa para você!

TELHAÇO, campeã internacional de qualidade em cobertura de aço.


O que é que o Pará tem?

O Pará tem sabores. Tem tacacá, tem açaí, com farinha de tapioca não tem como resistir. Tem pato no “tucupi”, - suco extraído da mandioca. Tem torta de cupu, creme de bacuri e a gostosa maniçoba. Tem tucumã, tem tamarindo, tangerina e taperebá. Tem também tatu na brasa, tartaruga e tracajá, mas é preciso ter tempero e saber como tratar.

O Pará tem terreiro. Tem terrina e alguidar, tem taberna e tubainas para sede saciar, tem trilhas e ilhas, tem tucunaré tem tamoatá e tambaqui, tem também boto famoso que se chama tucuxi.

O Pará tem times de futebol, tem troféus, tem taças, e torcidas, das maiores do Brasil. Tem timbre, tem tons, tem música e trovadores dos melhores que se ouviu, tem Trovão e tem Tornado, tem poderoso Rubi e Tupinambá, que tremem terra adoidado pra todo mundo dançar.

O Pará tem tabique, tem taboca ou taquara onde mora o tabaréu, tem talo de meriti e linha de carretel, pra botar pipa no céu.

O Pará tem terra e talento pra plantar e pra criar, tem teatro e tem templos, pra divertir e pra rezar. Às vezes tem toró ou temporal, como se queira chamar, mas toda tarde tem também aquela chuvinha gostosa que é pra gente namorar.

O Pará também tem telhas, tem de barro e de alumínio, tem de fibra e com cimento, tem também telhas de aço, o melhor investimento. Tem beleza arquitetônica e resistem mais ao tempo. Tem tendência pra ficar, tem arrojo e economia. Já que o certo e reciclar, tem também ecologia.

O Pará tem Telhaço. A cobertura de Aço, que tem telhas de aço na medida certa para o tamanho da sua obra.
O que é que o Parque

Industrial da Telhaço tem?

- Tem modernidade.

- Tem tecnologia.

- Tem maquinário de ponta.

- Tem matéria prima de primeira qualidade.

- Tem funcionários altamente capacitados.

- Tem organização e planejamento.

- Tem controle de qualidade.

- Tem mais de 100 toneladas de telhas de aço por mês.

- Tem pontualidade nas entregas

Mas o mais importante e ter você como nosso cliente.

A Telhaço também tem orgulho de ter contribuído para a reforma do Estádio Olímpico Edir Proença, o popular Mangueirão. Fornecendo a construtora responsável pela obra 000 toneladas de telhas de aço galvanizadas, nas medidas exatas que a obra exigia.

Não importa o tamanho da obra, reforma ou construção, a Telhaço tem de tudo e não te deixa na mão.

Desde um simples parafuso ou um carrinho de mão, tem até telhas de aço para cobrir qualquer espaço e vencer qualquer vão.
Tanto faz se e na industria, serralheria ou na agropecuária, a Telhaço tem o que você precisa, é só escolher a área.

O endereço do Show Room pode ser até comum, fica na rua principal, da cidade de Castanhal.

Faça já uma visita, veja nossa variedade, e encontre o que precisa sem sair de sua cidade.

Nenhum comentário: